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segunda-feira, 24 de maio de 2010
Hortas comunitárias ajuda renda de 35 famílias no bairro Alto da Ressurreição
As hortas comunitárias têm obtido resultados satisfatórios. Isso porque a própria população beneficiada é quem diz isso, já que grande parte dela é desempregada e sobrevive de pequenos trabalhos, os chamados “bicos”.
Na região do Grande Dirceu, onde está localizada a maior horta da América Latina, também existem outras hortas de pequeno porte, como a Horta Comunitária do Bairro Alto da Ressurreição, que tem onze anos de existência e acomoda 35 representantes de famílias do local.
Essas pessoas são responsáveis por plantações de hortaliças, que tanto servem para o próprio consumo de suas famílias, quanto para a comercialização, com provável retorno financeiro para cada um dos lares beneficiados.
“A horta é um “bico”, mas tudo o que é produzido aqui nos dá retorno financeiro, não muito, mas dá para ajudar no sustento de nossas famílias. Sendo que boa parte das hortaliças consumidas em casa nós não precisamos comprar”, observa a horticultora e também coordenadora da Horta Comunitária do Alto da Ressurreição, Maria de Sales Sousa.
Ela explica que cada família tem direito a um lote que mede 15X20 com dez canteiros para o cultivo das hortaliças.
Algumas pessoas dividem os lotes ao meio para possibilitar que outros membros da mesma família também possam usufruir do mesmo benefício.
“Quando uma pessoa de uma família quer dividir seu lote com outra da mesma família, isso é permitido porque essa é uma maneira que algumas pessoas encontraram de ajudar outras a ter também uma renda, mesmo que seja pouca”, explica Maria de Sales.
Nas hortas são cultivadas cebolinhas, coentro, alface e couve-flor, mas o ponto forte da comercialização é a cebolinha.
As vendas são centralizadas, ou seja, a maioria dos produtos é comercializada na própria horta, com exceção de alguns pequenos comerciantes que compram na horta e revendem em seus estabelecimentos comerciais.
“Grande parte das pessoas do bairro e de outros locais próximos vêm comprar na horta para consumo próprio”.
Furtos em hortas são frequentes
A horta comunitária atravessa, no momento, dois grandes problemas. Um deles está relacionado à grande quantidade de mato, por conta das chuvas que favorecem o aumento de capim e outros tipos de vegetações que, de certa forma, atrapalham o crescimento das hortaliças, caso não sejam extirpados.
Maria de Sales diz que muitos donos de hortas se preocupam em limpar sua área e outros não. "Já propus fazermos um mutirão para limpar toda a horta, mas a maioria não concordou e ficou acertado que cada um limparia seu pedaço", reitera.
O outro problema são os constantes furtos, ocorridos principalmente na calada da noite. Ela conta que já houve caso de horticultores que tiveram um canteiro inteiro, de hortaliças, furtado.
"Durante o dia, às vezes, entra alguém e furta alguma hortaliça, mas pior mesmo é à noite", comenta Maria de Sales. Ela diz ainda que um grupo de moradores já chegou a fazer campanha para tentar pegar os ladrões de hortaliças, mas nos dias em que foi realizados esse tipo de trabalho, nenhum "ladrão" apareceu na horta durante a madrugada. (L.M.)
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